quinta-feira, 22 de agosto de 2013

07/06/2013 - Avebury e Stonehenge

E o dia começou cedo. Nos vestimos e pegamos nossas malas. O problema foi decidir como chegar até o aeroporto. Calma pessoal, a viagem ainda não acabou, mas quando reservamos o carro, optamos por pegar em um hotel próximo ao aeroporto.
 
Tinhamos a opção de pegar um taxi, procurar um transfer ou ir de metrô mesmo. Já estava na hora de sair e acabamos indo de metrô. Eram 2 malas, 1 mala de mão, o carrinho e o Heitor. No geral não foi muito difícil, o Vitor levou as malas e eu com a mala de mão e o Heitor. Passamos alguma dificuldade para descer as escadas do metrô (tanto na nossa estação como na troca de estações), mas as pessoas que passavam nos ajudaram...foi bacana ver pessoas prestativas e gentis!
 
Chegamos no aeroporto e o Vitor entrou em contato com o pessoal do aluguel do carro. Eles nos informaram que teríamos que pegar um ônibus até o hotel, mas era bem pertinho. Chegamos bem rápido.
 

O Vitor foi resolver a documentação, enquanto eu e o Heitor ficamos no Lobby do hotel esperando.
 
Tudo acertado, pegamos um Hyundai i30, a diesel (vem falar de ecologia no terceiro mundo, vem...) e o Vitor foi encarar o "dirigir na mão contrária". A cara dele quando sentou no carro foi impagável, ele estava desesperado, ficava falando "porque eu fui inventar isso?". Mas tá na chuva é pra se molhar...e bora seguir viagem!
 
Colocamos o Heitor na cadeirinha, as malas no porta-malas, ligamos o GPS do celular (isso mesmo, arriscamos usar o GPS do celular usando a internet) e tchau Londres.
 
O Vitor passou a primeira hora bem nervoso. Eu fui fazendo meu trabalho de GPS ("vire a esquerda", "no balão, segue em frente" e por aí vai), como o GPS as vezes demorava a atualizar, cometemos alguns erros, mas era só procurar um retorno e continuar.




Passadinha no Tesco para comprar uns salgadinhos, biscoitos, chocolate e água.


Acho que nosso maior perrengue durante esses dias de viagem de carro foi que o Heitor enjoou muito. Menos de 1 hora na estrada, ele começou a reclamar e, antes que eu conseguisse fazer alguma coisa, ele começou a vomitar. Juntou o carro, muitas curvas e ele ainda estava cheio de catarro...não foi uma boa combinação. Aí depois de vomitar, começa o escândalo (ele chora incontrolavelmente), aí eu tenho que pular pro banco de trás para limpar o Heitor, limpar a cadeirinha, sem falar que eu precisava continuar minha dupla jornada de trabalho como GPS, porque entre vômito e bebê chorando, o Vitor começava a gritar "e agora, eu viro onde? Entro no balão?", aí eu tinha que procurar o telefone que tinha sumido no meio das roupas sujas pra ajudar o Vitor. Isso porque eu não contei que eu também enjôo em carro! Beleza, né?!
 
Sobrevivemos a isso. Eu prendi o Heitor deitadinho no banco e ele apagou.

 
ATENÇÃO: a próxima cena é forte e só veja se você tem estômago forte! Olha o nojo que fico a cadeirinha! kkkkkkkkkk
 
 
Criança dormindo, mamãe voltou pra banco da frente para não enjoar muito também (só um vomitando já está de bom tamanho, né?). E seguimos nosso caminho.
 
Agora preciso falar, o Vitor encarou a mão contrária e logo de cara já pegou umas estradas muito estranhas, era tão apertado que as vezes a gente pensava "não é possível que isso é uma pista de mão dupla, a gente deve estar na contramão". Imaginem o sufoco. Então acho que dá para dizer que o Vitor se saiu muito bem (embora ele ficasse se culpando por ter catado o meio fio algumas vezes).
 
Entre as estradas espremidinhas, as vezes apareciam estradas largas e muito bem cuidadas.
 
Tenho que admitir também que a paisagem é linda. Se não fosse o Heitor enjoado e eu ficando enjoada também, teria sido perfeito. O problema é que com o estômago embrulhado fica difícil curtir a vista, né?! Mas pra quem curte viagens de carro, podem dirigir para o interior da Inglaterra porque é incrível.


Chegamos então em Avebury, nosso primeiro destino. É uma cidade (mais pra uma vila) que foi construída dentro de um Círculo de Pedras. É um lugar lindo! Logo na entrada já começamos a ver aquelas pedras enormes.
 
Estacionamos em um Pub (onde incrivelmente estava havendo um casamento), o Vitor pagou o estacionamento e fomos andar um pouco. Assim que saímos do carro percebemos que estava bem frio. Eu não tenho a menor ideia de quantos graus estava fazendo, mas foi o momento mais frio que pegamos na viagem. O vento congelando e os pingos de chuva fina, gelados, pioravam a situação. Mas todo mundo empacotado, fomos curtir esse lugar mágico.
 
Avebury é, na melhor das descrições, bucólica. Em algum momento do passado era, provavelmente, um centro de culto dos povos neolíticos originais da Bretanha. Hoje é um sítio protegido pelo governo da Inglaterra por conta dos círculos de pedra que dominam a paisagem. Um deles (são três) é enorme, tão grande que a vila inteira cabe dentro. Afora o interesse pelos megálitos, há muitas ovelhas pastando, e muito esterco de ovelhas, então o caminho é um tanto quanto "arriscado" (para os sapatos, hehehe).
 
Pra nós que somos neopagãos é como encontrar os ossos da própria terra. Mas essa é uma experiência um tanto quanto íntima e, independente disso, o tamanho dos megálitos, os pontos de  observação dos círculos e das planícies de Wiltshire  e a carinha pitoresca da cidade valem uma visitinha. Ainda rola um museusinho dedicado á vida rural (é o museu do campo, sô!) e umas lojinhas pra não passar em branco. 


  





Além das pedras, a vista é demais!





Meu gatinho de cachecol, luvas e gorro! rsrs














 
A chuva estava ralinha (apesar de gelada) e conseguimos andar um pouco e curtir o lugar. Passamos no Pub para comprar um refri e o Vitor chega com garrafinhas de vidro (que estranho...rsrsrs). O funcionário disse que era isso mesmo, podia levar as garrafinhas! Beleza então...
 
Assim que entramos no carro, a chuva caiu forte! Parece que foi cronometrado...rsrs. Sorte a nossa!



Lá fomos nós para o nosso próximo e tão esperado destino. Mas, um parêntese, o Heitor vomitou novamente, e lá vou eu limpar, trocar a roupa, carro ficando mega fedido, as roupas limpas fora da mala acabando. Mas bora seguir em frente.
 
Mais um tempinho de carro e chegamos em Stonehenge. É um lugar mágico! Pagamos nossos ingressos e entramos. Infelizmente não é permitido tocar nas pedras (a menos que seja solstício de verão e você seja um druida da ordem dos druidas da Inglaterra), tem um corda de proteção ao redor de todo o monumento, mas confesso que achei até bem próximo. Sempre ouvi as pessoas falando que só se vê Stonehenge de muito longe, não achei tanto.
 
O Vitor pegou um guia em áudio e foi escutando, eu fiquei tirando fotos (novidade, né?) e o Heitor ficou fazendo a maior farra...correu para todos os lados, tirou fotos com iphone, escutou um pouquinho do áudio.

Tiramos muitas fotos e acho que esse primeiro ponto é onde ficamos mais próximos das Pedras.




Continuamos andando em volta do Círculo de Pedras (rola tipo um circuito em trono das pedras), e realmente elas ficam mais distantes em certos pontos, mas de nenhuma forma menos interessantes. O Vitor continuou ouvindo o áudio e ia comentando comigo as informações a medida que continuamos o passeio.
 
E como o espaço de grama era bem legal e abriu um solzinho, começamos a brincar com o Heitor. Ele correu e se divertiu um montão. Ficamos curtindo sem pressa, sentamos na grama com ele e ficamos simplesmente ali brincando com Stonehenge ao fundo.




É claro que aproveitamos o momento relax e de diversão para tirar lindas fotos. O Heitor rolou no chão com a mamãe, montou no cavalinho, correu para um abraço e começou uma brincadeira de vir dar um beijo e me derrubar na grama. Momento super gostoso.






 
É claro que o papai tinha que participar da brincadeira também. E a brincadeira com o papai é muito mais legal e divertida, afinal é o papai que tem força pra ficar jogando o Heitor pra cima, né?! Mas também teve Heitor de cabeça pra baixo, Heitor pendurado como um macaquinho, Heitor escalando o papai.




No meio de toda essa brincadeira, reparamos que o Heitor estava brincando com a corda de proteção, ele ficava puxando e soltando fazendo barulhinhos. A gente brigava, falava que o moço ia brigar com ele, mas ele insistia e continuava com a mesma brincadeira e a gente sem entender nada. Até que o Vitor entendeu o que ele estava fazendo...ele estava brincando de Angry Birds! Vocês conhecem?

Pra quem não conhece, esses são os Angry Birds. Um jogo onde passarinhos raivosos tentam destruir o castelo dos porcos que roubaram seus ovos. O Heitor ama!!!
 
Mas voltando a história...o Vitor entendeu o que ele estava fazendo e perguntou: "O que você está fazendo, Heitor?", ele respondeu "Brincando de Angry Birds, eu vou destruir o castelo dos porcos". E quando perguntamos onde estava o castelo dos porcos, ele apontou para Stonehenge. kkkkkkkkk. Vamos concordar...foi genial!!!
 
Assistam o vídeo abaixo para ver...


Depois de uma tarde muito gostosa curtindo Stonehenge, pegamos o carro novamente e seguimos para Salisbury. A cidade é pequena e muito bonitinha. Mas procuramos logo nosso hotel, fizemos reserva antecipadamente pelo Brasil no hotel Citylodge e na hora foi bem rápido pegar as chaves e subir para o quarto. Muito limpinho, tranquilo, seguro. Gostamos muito.



Mal nos instalamos no quarto e já saímos para comer, a fome apertou. Demos uma volta, vimos alguns restaurantes, mas acabamos parando num hotel, indicação da funcionária da nossa recepção.

Eu e o Heitor fomos de fish and chips (novamente...rsrsrs) e o Vitor experimentou um fígado com bacons e vegetais. De sobremesa, tortas! Hummmmm...



Cara de um, focinho do outro...rs
 
E lá fomos nós explorar Salisbury. Começamos a andar pelas ruas e quase não víamos ninguém, em alguns momentos estávamos completamente sozinhos, eram tão estranho...começamos teorias sobre apocalipse zumbi. kkkkkkk. Olha só o Vitor incorporando um zumbi pra ilustrar nossa conversa!


Andamos, andamos e andamos (e não fomos atacados por nenhum zumbi)...até que chegamos na famosa Catedral de Salisbury. Linda por fora, ficamos encantados, mas estava fechada, algum evento lá dentro. :-(

Ficamos na grama brincando com o Heitor e admirando a catedral. Até que de repente as portas se abrem e a cidade inteira sai de dentro da catedral (era muita gente). Ainda bem que estava todo mundo rezando e não devorando cérebros, né?! kkkkkkkkkkkk








 
No meio das pessoas saindo, conseguimos entrar rápida e discretamente na catedral, mas foi coisa de 2 minutos, infelizmente, o padre já foi nos expulsando delicadamente. Mas deu para dar uma olhadinha.
 
Com isso, seguimos para o nosso hotel e merecido descanso.
 

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